EPEH 2008

Irá acontecer neste fim-de-semana, nos dias 14, 15 e 16 de novembro o 4º Encontro Pernambucano de Estudantes de História, a realizar-se na FUNESO.
Como tema central, o evento deste ano irá abordar sobre "A Cultura Afro-Brasileira na Construção da Identidade Pernambucana", com o objetivo de abordar sobre as influências afro, nos seus vários aspectos, no estado.

Maiores informações pelo site: http://www.epeh2008.net/

Neste encontro irei apresentar a seguinte comunicação: "Candomblé: Origens, Formação e Características". O objetivo deste trabalho será realizar uma análise sobre a construção de uma religião negra no Brasil e em Pernambuco, enfatizando suas caracteristicas.

A iniciativa do EPEH em abordar como tema Central a questão da cultura afro-brasileira vem bem a calhar, pois atualmente podemos presenciar um aumento no interesse dos órgãos públicos e privados, como também de certa parte da população sobre a afro-descendência e seus legados culturais para a formação do país.

Contra a Intolerância Religiosa

Nesta terça-feira, dia 04 de novembro de 2008, aconteceu na cidade do Recife a II Caminhada dos Terreiros de Matriz Africana em Pernambuco, com o objetivo de tentar dar um fim a intolerância religiosa.

A Caminhada saiu do Marco Zero do Recife em direção a praça do Carmo. Participaram deste evento integrantes dos terreiros do Recife e região Metropolitana. A principal reivindicação dos adeptos é o reconhecimento das suas crenças como religião, e quebrar os julgamentos demoníacos que lhe foram atribuídos.

É difícil entender como em um país como o nosso, nos dias de hoje, ainda exista esse tipo de julgamento e preconceito, uma situação em que cidadãos brasileiros não possuem certa liberdade de expressar e cultuar sua fé, parece que ainda há resquícios na mente da sociedade da época da ditadura, quando acontecia no país as violentas repressões religiosas.

Apesar de ainda existir esse tipo situação perante os adeptos das religiões afro, atualmente pode-se verificar uma diminuição da intolerância, passando a ganhar mais espaço de expressão, seja ela cultural ou religiosa, na sociedade. Mas ainda há muito a ser feito para que as crenças negras no Brasil deixem de serem vistas como uma religião do diabo, e seus praticantes como satanistas, isso é discurso altamente preconceituoso, resultado de uma construção ideológica feita desde o início da construção do nosso país, e talvez, bem antes mesmo, nos primórdios das relações entre europeus e africanos.